A editora

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Nasci no Recife, capital de Pernambuco, um dos 26 Estados do Brasil. Sou jornalista diplomada, amante da vida e de tudo que é positivo, verdadeiro e autêntico. Deixei as águas do Capibaribe, o mais famoso rio que banha o Recife. Atravessei o Oceano Atlântico e desaguei no rio Tejo, que acalenta Lisboa. E para aproximar esses dois lugares tão distantes mas com fortes ligações históricas e culturais, dei início a construção desta "ponte" Pernambuco-Portugal.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pernambucano participa da Flip

O advogado e escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho é um dos que vai representar o Nordeste na Festa Literária de Paraty (Flip), que acontece entre os dias 6 e 10 de julho. Ele apresentará uma conferência sobre Fernando Pessoa e o Brasil. Em tempo: a venda do livro Fernando Pessoa: uma quase biografia está indo bem. Até a editora ficou surpresa com os quase 30 mil exemplares vendidos. O e-book da obra, que vai para quinta edição, será lançado em breve, assim como o audiobook. E já há negociações para o lançamento em Portugal.

Do blog João Alberto

terça-feira, 28 de junho de 2011

Música ao vivo com Paulo dos Anjos

Fotografia: Divulgação

Paulo dos Anjos é músico, cantor e compositor. Nasceu em Goiana, cidade que fica a 60 Km de Recife, capital do Estado de Pernambuco, no Brasil. Suas composições traduzem o ecletismo da música brasileira mais elaborada e contemporânea. Incursiona por ritmos diversos, como BOSSA-NOVA, SAMBA, MODINHA, XOTE, BAIÃO, REGGAE, FUSION ,além de uma forte influência ibérica e jazzística, numa salada rítmica, própria da tradição musical.
Um grande passeio por entre os ritmos, com raizes, fusões e cheiros de lusobrasilidades, um concerto para todos os ouvidos na casa mais brasileira de Lisboa.

Serviço:
Quando: Sexta-feira (1º de julho)
Local: Casa do Brasil de Lisboa
Hora: 22h
Rua Luz Soriano, 42 (Bairro Alto) Lisboa
Telefonel:21340 00 00

Fonte: Divulgação Casa do Brasil de Lisboa

Ciclo Cinema e Memória

A Casa do Brasil de Lisboa realiza a partir de amanhã (29) o Ciclo de Cinema e Memória. A entrada é livre. Confira a programação:

29 de Junho, quarta-feira (21h)

"Torre Bela" de Thomas Harlan
[Portugal/Itália/Alemanha, 1977, 55 minutos]
Sinopse: No dia 23 de Abril de 1975, cinco semanas depois do golpe de 11 de Março e dois dias antes do aniversário da revolução, 500 desempregados da região de Manique, no Ribatejo juntam-se num movimento campesino e ocupam as quatro propriedades de Dom Manuel de Bragança, o Duque de Lafões. Antiga propriedade de exploração agrícola, Torre Bela não é mais do que uma imensa reserva de caça alugada aos amigos da família e lugar de encontro da polícia política secreta, a PIDE, com a CIA e os serviços sul-africanos.
Comentadora: Paula Godinho
6 de Julho, quarta-feira (21h)
"A Lei da Terra" de Alberto Seixas Santos e Solveig Nordlund (Grupo Zero)
[Portugal, 1977, 75 minutos]
Sinopse: A Lei da Terra é um documentário assinado pela cooperativa de filmes Grupo Zero, sendo a sua realização atribuída a Alberto Seixas Santos. Ideologicamente empenhado no apoio da luta dos trabalhadores , o documentário opta por uma abordagem de estilo objectivo: há uma narração em voz off que expõe os factos e contextualiza historicamente a luta dos trabalhadores agrícolas alentejanos. Pela voz de alguns entrevistados, declaram-se as condições de vida relativas ao emprego sazonal, ao trabalho jornaleiro incerto e árduo, às caminhadas longas, à fome e à miséria. Através de testemunhos, explica-se como as cooperativas se organizaram para trabalhar as terras abandonadas. Neste salto do particular para o geral, o exemplo tomado como regra cumpre uma função de validação e assume uma posição partidária da luta.

"Luta do Povo: Alfabetização em Santa Catarina" de Grupo Zero
[Portugal, 1976, 25 minutos]
Comentador: António Loja Neves

13 de Julho, quarta-feira (21h)

"Casas para o Povo" de Catarina Alves Costa
[Portugal, 2010, 20 minutos]

"Paredes meias" de Pedro Mesquita
[Portugal, 2009, 53 minutos]
Sinopse: O Bairro da Bouça é um projecto de habitação económica situado numa das zonas mais nobres da cidade do Porto, da autoria de Álvaro Siza Vieira, cuja construção iniciou-se em meados dos anos 70 e que apenas recentemente foi concluído. Destinada a famílias vivendo em condições degradadas – nas chamadas “ilhas” – esta obra nasceu do traço genial de um dos mais conceituados arquitectos contemporâneos. Um bairro “inacabado”, cuja génese remonta à Revolução dos Cravos, e onde os moradores participaram activamente na concepção e implementação do projecto. Três décadas depois, 60 famílias preparam-se agora para acolher seus novos vizinhos: jovens atraídos pela possibilidade de morar no centro da cidade em casas simples e acessíveis.
Comentadora: Catarina Alves Costa (a confirmar)

21 de Julho, quarta-feira (21h)

"Outro País" de Sérgio Tréfaut
[Portugal, 1999, 70 minutos]
Sinopse: Dezenas de cineastas, fotógrafos e jornalistas, vindos dos quatro cantos do planeta, viram-se envolvidos na revolução dos cravos, e possuem arquivos preciosos. Numa série de entrevistas a estes viajantes, SérgioTréfaut confronta o entusiasmo antigo com o olhar contemporâneo. Em alguns casos, segue os mesmos autores para retratar o estado presente do país e reencontrar as personagens fotografadas e filmadas em 1974/75.
Comentador: Sérgio Tréfaut

Casa do Brasil de Lisboa
Rua Luz Soriano, Nº 42, Bairro Alto, Lisboa
Contato: 213-400-000

sábado, 25 de junho de 2011

Obras de Paulo Meira e Rodrigo Braga em Portugal

Os artistas Rodrigo Braga e Paulo Meira, do casting da Galeria Amparo 60, com tudo pronto para participar da 16ª Bienal de Cerveira, na Villa Nova de Cerveira, em Portugal. O evento, cuja primeira edição aconteceu em 1978, será aberto ao público no dia 16 de julho e seguirá até 17 de setembro, e também terá polos de exibição nas cidades do Porto e de Vigo.

Do Blog Social 1

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Orquestra Contemporânea de Olinda na Europa

 
A Orquestra Contemporânea de Olinda leva seu ritmo para a Europa com apresentações em Lisboa e Londres. Idealizado pelo percussionista Gilú em 2006, a banda tem traçado um caminho pioneiro rumo à experimentações pop dentro da MPB.
 
A sua sonoridade, distinta por incluir instrumentos não muito usuais dentro da música pop, constrói-se entre grooves latinos, afrobeat e outros ritmos de Pernambuco, originando uma autêntica explosão de ritmo e energia. Com uma formação que inclui uma dúzia de músicos, que se encarregam de tocar instrumentos tão distintos como saxofone, trombone, trompete, guitarra, baixo, rabeca ou flauta:
 
Apresentações da Orquestra Contemporânea de Olinda:
- 02 de julho às 20h: Festival Delta Tejo, Lisboa.
- 08 de julho às 20h30: Canary Wharf, Barbican Centre, Londres.
- 09 de julho às 16h30: Gillett Square, Barbican Centre, Londres.

Uma janela em Lisboa


Fotografia: Paula Christofoletti Togni

Paula Christofoletti Togni nasceu em Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil. Antropóloga, faz parte do Centro em Rede de Investigação em Antropologia CRIA/ISCTE-IUL e do corpo diretivo da Casa do Brasil de Lisboa. É seguidora do blog e uma amiga querida.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Música brasileira no Coliseu dos Recreios

Tem sotaque brasileiro na agenda do Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Confira a relação dos artistas do Brasil que vão se apresentar na casa nos meses de julho e agosto :
- Maria Cecília e Rodolfo . 02/07 às 20h
- Ana Carolina, 06/07 às 21h30
- Asa de Águia, 07/08 às 20h
- Banda Calcinha Preta, 21/08 às 20h

terça-feira, 21 de junho de 2011

Homenagem a Noel Rosa


No seguimento do centenário do nascimento do músico, poeta e compositor Noel Rosa (1910), a Casa da América Latina e a Embaixada do Brasil em Lisboa homenageiam aquele que consagrou o samba como gênero fundamental da identidade musical do Brasil. Para isso, convidam o músico, compositor e ensaísta José Miguel Wisnik para uma conferência ilustrada musicalmente.

José Miguel Wisnik é professor de Teoria Literária na USP e um dos grandes compositores da actualidade da música contemporânea paulista. Escritor e compositor, pianista e cantor, é autor de livros, de canções e de bandas sonoras para teatro, cinema e dança. Em Wisnik a música e a poesia encontram um ponto de confluência maduro e original, dialogando com a melhor tradição da canção brasileira, indo do samba à vanguarda paulista, com parceiros como Chico Buarque e Caetano Veloso a Guinga e Luiz Tatit.

Aula - Show de José Miguel Wisnik.
Data : Dia 25 de Junho
Hora : 21h00
Local : Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa
Bilhetes: 10€

Fonte: Embaixada do Brasil em Lisboa

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Produtor representa Pernambuco em Itália

Marinheiro no Festival Latino Americano de Milão em 2009 Foto: Arquivo pessoal

O pernambucano José Marinheiro, meu amigo e seguidor do blog, vai participar  pela segunda vez do Festival Latino Americano, que será realizado de 9 a 17 de julho em Milão, Itália. Produtor de eventos e fotógrafo, ele será o responsável pela exposição Semana Pernambuco que ocupará um pavilhão de 170 m² com fotografias, videos e artesanato do Estado. Se a agenda permitir, ainda fará uma escala em Lisboa. Com a mala cheia de chocolates serenatas do amor para Lara (minha filhota)  rsrs.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Arraial Latino-Americano


Data : 18 e 19 de junho
Hora : Sáb 11h às 24h -  Dom 11h às 22h
Local : Casa da América Latina e Largo José Figueiredo
Entrada livre

Festa organizada pela Casa da América Latina, no âmbito das Festas de Lisboa, onde os visitantes poderão encontrar música, artesanato, gastronomia e outras manifestações populares das culturas latino-americanas. A Casa do Brasil de Lisboa estará representando a cultura brasileira com artesanato, as tradicionais caipirinhas e comidas típicas.

A imagem do Arraial 2011 foi criada por Marcela Lorca, artista chilena que nasceu em 1974 em Santiago. Formou-se na Universidade Metropolitana de Ciências da Educação, em Artes Plásticas e Docência em1998. Fez várias exposições no Chile. Em agosto de 2002 muda-se para Portugal, onde reside, continuando a expor o seu trabalho.

Consulte o programa:

Fonte: Casa da América Latina

terça-feira, 14 de junho de 2011

Festival do Audiovisual Luso Afro Brasileiro abre inscrições


Estão abertas as inscrições para 1ª edição do FestFilmes - Festival do Audiovisual Luso Afro Brasileiro. O evento contará com três mostras competitivas de curtas-metragens, incluindo uma apenas para filmes de países que tenham o português como idioma oficial, tais como Angola, Moçambique e Timor Leste, além do Brasil. O FestFilmes pretende promover o intercâmbio cultural, social e económico dos países de língua portuguesa.

O Festival, que integra o calendário de atividades comemorativas do ano Brasil-Portugal e terá sua fase presencial em março de 2012, contará também com oficinas de formação, seminários, palestras e atividades correlatas.

Fonte: Embaixada de Portugal - Brasília

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Travessa do Enviado de Inglaterra – Lisboa

Foto: guedelhudos.blogspot.com

Por Maria do Céu Carvalho Dias*

Hoje dedicamo-nos à Travessa do Enviado de Inglaterra que fica na freguesia do Coração de Jesus, o número 1 do nosso mapa de freguesias (1). Porquê esta rua? Num prédio dessa artéria está instalada a Sociedade de Beneficência Brasileira em Portugal, onde ainda vivem umas senhoras idosas de origem brasileira. É esta então a razão do meu escrito, até porque a Direcção da Sociedade em colaboração com a Embaixada do Brasil em Lisboa organizaram, no dia 4 de Junho, um almoço de beneficência no Casino do Estoril. A receita é para as obras de assistência da instituição, cujas actividades de apoio social se dirigem a pessoas idosas com alojamento.

Pesquisei a origem desta “Sociedade” e a informação mais antiga que encontrei foi a de um seu Presidente, Francisco Acácio Correia, 1º Barão de Guamá (1842-1924) que casou em 1870 com Inês Chermont de Miranda, nascida em 1842 e falecida em 1923. Não sei se terá sido o fundador da Sociedade, se apenas um dos presidentes. Porquê ele? Como? Interrogações para as quais não tenho resposta. Também foi muito difícil encontrar qualquer dado sobre a origem do nome da rua, porque verdadeiramente pouco ou nada se sabe. Da Câmara de Lisboa, Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia disseram-me que não existem registos de editais para este arruamento, mas que a sua localização parece corresponder à setecentista Travessa do Lázaro Verde que limitava uma Quinta dos Verdes. Quanto ao nome propriamente dito também me informaram, do mesmo departamento, que por ali viveram vários diplomatas ingleses no século XIX; mas de certeza mesmo só se conhece Lord Fitz Gerard que lá viveu em 1806. Penso que este “Enviado” nasceu em 1765 e morreu em 1833, já estando em Portugal em 1803, quando foi mediador do Príncipe Regente D. João, futuro D. João VI. Há tempos li também da possibilidade desta toponímia se relacionar com outros diplomatas como Percy Smythe, 6º visconde Strangford (1780-1855) que foi embaixador inglês em Portugal em 1806 e que em 1807 representou a Inglaterra aquando da viagem da corte portuguesa para o Brasil na sequência da Primeira Invasão Francesa. Esta Travessa, devido às modificações verificadas na zona, já só existe em parte. Pelo que li localizava-se lá, no princípio do século XX, um palácio, com parque, da família Alte Espargosa/Raposo Alte. Os habitantes da freguesia do Coração de Jesus são cada vez menos, o que certamente também acontece com a Travessa, localizando-se nela várias empresas: uma marisqueira, garagens, empresas de contabilidade e electrónica, comércio e aluguer de máquinas, comércio a retalho de artigos de papelaria e o sindicato dos Ferroviários.

Mapa de freguesias de Lisboa

Pensemos agora um pouco na freguesia do Coração de Jesus: fica situada no coração de Lisboa, incluindo nela a Praça/Rotunda do Marquês de Pombal e parte da Avenida da Liberdade, que nasceu no século XIX a partir da Praça dos Restauradores (2). Esta zona é das que mais tem sofrido com a implantação de escritórios, empresas, hotéis e por isso a população tem diminuído. A história e o património são imensos e diversificados, razão porque os seus habitantes desejam que rapidamente se reveja a política para a freguesia de Coração de Jesus. Esta foi fundada em 1770, no chamado Bairro de Andaluz, a sul do qual ficava o rio de Valverde (no século XII) que desaguava no Rio Tejo, próximo do Rossio/Praça D. Pedro IV, já nossa conhecida (3). É difícil de acreditar! Extraordinárias mudanças! Eram terras férteis com hortas e vinhedos, abastecedores da cidade, pertencentes a várias ordens religiosas. Próximo passava uma das principais e mais antigas vias de entrada/saída de Lisboa: Do Largo de S. Domingos (próximo do Rossio), passando as Portas de Santo Antão (a Rua do Coliseu, por trás do Teatro Dona Maria II), a Rua de S. José, a Rua de Santa Marta, S. Sebastião da Pedreira, Palhavã (Praça de Espanha), Sete Rios até Benfica (4). Ao longo desta artéria vão sendo construídas casas e mosteiros e é em Andaluz que no século XIV a Câmara de Lisboa mandou edificar um bonito chafariz. No século XVII aquela artéria, juntamente com a de Alcântara e Arroios, é considerada movimentadíssima: “… A qualquer hora do dia que por ela se caminha se vê a estrada continuadamente acompanhada das cargas que entram e das cavalgaduras que saem descarregadas… comparava a estrada à das formigas da eira para o formigueiro…E não trazem um só mantimento, mas todos os que usamos para sustento, e para regalo, trazendo trigo, cevada, vinho, azeite, hortaliças, frutas de todas as sortes e de todos os tempos, leite, nata e manteiga todo o ano, cabritos, coelhos, perdizes…”. (5) O terramoto de 1755 provocou alguns estragos na zona, mas rapidamente foi feita a recuperação. Parece que nessa altura Carlos Mardel teria previsto para esta zona a abertura de ruas de traçado geométrico, como na Baixa, o que não se veio a concretizar. São as freiras de Santa Joana, que habitavam um dos conventos dali, a conseguir a criação da Freguesia (1770) com o nome de Santa Joana e mais tarde do Santíssimo Coração de Jesus. Na República, a mentalidade anti-religiosa levou à mudança do nome para freguesia de Camões, até que em meados do século XX o nome voltou ao histórico: Coração de Jesus. (6) Na freguesia existia, na rua do Salitre, uma Praça de Touros – a tourada sempre foi um divertimento dos portugueses, quer do povo, quer da nobreza – depois circo, sendo demolida em 1880. É nesta época que o Passeio Público dá lugar à Avenida da Liberdade rasgada desde a Praça dos Restauradores à Rotunda do Marquês de Pombal. Este coração de Lisboa tem sido muito maltratado e destruído, já que Lisboa se foi expandindo para Norte por todo aquele espaço. O património construído era riquíssimo, com o chafariz do Andaluz (1336), palácios e conventos do século XVII ao XIX. Desde o século XX, devido ao papel que a zona alcançou, têm sido feitas experiências arquitectónicas de relevo, umas mais interessantes do que outras.

Notas 1) Ver neste blogue “As freguesias de Lisboa”, 12 de Fevereiro. 2) Ver neste blogue “Praça dos Restauradores”, 21 de Agosto 2010. 3) Ver neste blogue “Praça D. Pedro IV”, 11 de Janeiro 2011. 4) Acompanhe no mapa das freguesias o percurso desta via: 1, 16,14. 5) Vasconcelos, Luís Mendes de, “Diálogos do Sítio de Lisboa, 1608”, in Antologia dos Economistas Portugueses. 6) http://www.jf-coracaojesus.pt/  http://pt.wikipedia/ .

Veja neste blog os outros episódios da série Praças e Ruas de Lisboa:
- Praça D. Pedro IV:
- O Chiado:
- Avenida Álvares Cabral
- Praça Bernadino Machado:
- As freguesias de Lisboa:
- Belém - Lisboa. Do Museu da Electricidade até à Praça do Império:
- Belém – Lisboa. A Praça do Império:
- Avenida Almirante Gago Coutinho e Avenida Sacadura Cabral :
- Rua Cecília Meirlles:
- Rua Pedro Calmon:

* Maria do Céu Carvalho Dias é formada em História pela Universidade Clássica de Lisboa

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lisboa está em festa


Desde o dia 1º de junho que Lisboa está em festa. A programação é tão variada e extensa que o nome do evento tinha mesmo que ir para o plural: Festas de Lisboa 2011.

Também chamadas de Festas dos Santos Populares (Santo Antônio, São João e São Pedro) elas lembram um pouco as festas juninas de Pernambuco. A comida típica aqui é a sardinha no pão. Para os namorados não há maçã do amor mas compra-se um singelo vaso com majerico que vem acompanhado de uma frase romântica ao gosto do freguês. No lugar de desfile de quadrinhas entram as marchas populares.

Comparações à parte, a festa é mesmo imperdível. Minha dica é caminhar no dia 12 pelos ruas de Alfama, Castelo e Mouraria e apreciar a forma típica que cada morador festeja o dia do padroeiro da cidade. E uma boa notícia para quem quiser curtir a festa sem se preocupar com a hora de voltar para casa. O Metro de Lisboa vai funcionar até às 2h do dia 13.

Confira a programação completa das Festas de Lisboa aqui: http://www.festasdelisboa.com/

domingo, 5 de junho de 2011

Passeio virtual por Olinda


Vista de Olinda   Foto: Passarinho/Pref.Olinda


No site da Prefeitura de Olinda, Pernambuco, é possível fazer um passeio pela cidade através de fotos panorâmicas em alta resolução, numa experiência virtual que traz para o século XXI construções de mais de 500 anos visitadas por turistas de todo o mundo. O internauta pode navegar pelas imagens em ultra-definição por todas as direções e com informações sobre os locais visitados.

Eu já fiz esse passeio virtual e recomendo. O Bairro Alto, em Lisboa, parece muito com  Olinda. A cidade, fundada pelo fidalgo português Duarte Coelho Pereira, é um dos lugares mais bonitos da minha terra natal, Pernambuco. E já que o assunto é a Marim dos Caetés, dedico esta mensagem ao meu querido amigo Dr. Estevão de Brito Ramos, advogado, professor universitário, meu ex-colega de trabalho, que reside na bela Olinda.

sábado, 4 de junho de 2011

Rua Pedro Calmon – Lisboa


Pedro Calmon

Por Maria do Céu Carvalho Dias*

Esta rua fica na freguesia de Alcântara, número 11 do nosso mapa das Freguesias de Lisboa.(1) Pedro Calmon Muniz de Bittencourt nasceu em Amargosa, Baía**, Brasil em 1902 e morreu no Rio de Janeiro em 1985.
Alcântara é um topónimo que deriva do árabe al-qantara que quer dizer ponte. É que havia uma ribeira neste local e os seus habitantes sentiram necessidade de construir uma ponte para estabelecerem uma comunicação mais fácil entre estas terras e Lisboa. Terá sido de madeira, mas os romanos, que nos primeiros séculos depois de Cristo dominaram a Península Ibérica, construíram-na de pedra. É durante a dominação árabe que a ponte (al-qantara) dará o nome àquela zona. Como as terras de Alcântara eram férteis, passam a reguengos (terras do Rei) logo após a conquista de Lisboa (1147) aos árabes pelo Rei D. Afonso Henriques. Mais tarde, no século XIV, o rei de Castela João I, pelo Tratado de Salvaterra de Magos prometido em casamento a Dona Beatriz, filha do rei D. Fernando, invade Lisboa pela ribeira de Alcântara, atacando e devastando toda a região. Esta, precisamente devido à sua ribeira ligada ao rio Tejo, está aberta a invasores.

No século XVI, antes do domínio filipino (espanhol) ali se encontraram os exércitos de D. António, Prior do Crato e de Filipe II de Espanha. Eram ambos pretendentes ao trono português, depois de o Cardeal-Rei ter morrido em 1580, após ter sucedido ao trono em 1578, quando D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir. Foi um recontro desastroso para D. António e praticamente marcou o início dos sessenta anos de perda de independência de Portugal. No século XIX também as Invasões Francesas, as lutas liberais e epidemias foram destruindo a zona. Para que não vos conte só desgraças é importante lembrar que o Terramoto de 1755 não atingiu demasiado Alcântara e por isso parte dos lisboetas e a família real “fugiram” para aqui. (2) Ao longo destes séculos o seu património foi aumentando: um hospital, ermidas como a de Santo Amaro, conventos como o das Flamengas e do Monte Calvário, um Palácio Real, palácios, como o da Ribeira Grande, o dos Condes da Ponte, (hoje edifício da Administração do Porto de Lisboa) Sabugosa e até uma Tapada (espaço verde murado) onde a família real se deliciava a passear e a caçar coelhos, javalis e gazelas. Hoje, a Tapada da Ajuda tem um extraordinário património verde com razoável área cultivada gerida pelo Instituto Superior de Agronomia; um Observatório Astronómico de Lisboa, um Pavilhão de Exposições, campos de râguebi e um miradouro com uma panorâmica fabulosa sobre o rio Tejo. Apesar de todas as vicissitudes referidas atrás, Alcântara vai-se desenvolvendo também devido a factores económicos:
- Exploração de pomares e vinhas junto da ribeira;
- Extracção de pedra para cal e pedra de lioz das suas pedreiras;
- Fornos de cal;
- Fábricas de estamparia, de curtumes, de loiças, de tecidos (Companhia de Fiação de Tecidos Lisbonense), de sabão, de óleos, da Companhia União Fabril, dos chocolates Regina.

Os transportes públicos incrementaram também Alcântara. Este bairro de características proletárias e populares, onde proliferaram associações operárias, colectividades, como o Atlético Clube de Portugal, salas de teatro, viveu momentos complicados com os habitantes a participarem e dinamizarem muitas greves e revoluções.


Docas em Alcântara  /Fotografia: Turismo de Lisboa

Ao longo do século XX a paisagem da freguesia de Alcântara foi mudando, quer devido a melhoramentos ferroviários e rodoviários como a Avenida de Ceuta e sobretudo a Ponte 25 de Abril que, ao passar sobre Alcântara, desalojou muitos dos seus habitantes, quer devido ao reaproveitamento de fábricas abandonadas para bares e restaurantes junto do Rio Tejo, zona conhecida por Docas, local de diversão nocturna e até diurna. Se estiver em Lisboa passe um bocado nas Docas, que vai gostar.

Ainda nesta superfície marítima é imperdível a Gare Marítima de Alcântara, com os frescos gigantes de Almada Negreiros (artista do século XX) e também o Museu do Oriente instalado nos antigos armazéns da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau, que reúne colecções históricas, religiosas, antropológicas e artísticas do Oriente. É também nesta zona que o Porto de Lisboa criou estruturas para partidas e chegadas de grandes paquetes e terminais de passageiros. Quer passear no rio Tejo? É da doca de Alcântara que partem Cruzeiros de um dia.

O século XXI trouxe propostas de renovação para aquela zona ribeirinha, apresentadas em 2008, mas julgo que pouco têm avançado, não só porque receberam muitas críticas, mas também devido à crise económica e financeira vivida por Portugal.

Regressemos à toponímia brasileira em Lisboa, à Rua Pedro Calmon: escritor, historiador, professor de Direito, político. Publicou dezenas de obras e artigos em revistas; entre outras a “História Social do Brasil” e a “História do Brasil”.
Recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Doutor honoris causa das Universidades do México, de Nova York, de Coimbra (Portugal) entre outras. Representou o Brasil em várias conferências internacionais. Foi membro e até presidente da Academia Brasileira de Letras; membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e sócio de mérito da Academia Portuguesa de História, bem como de outras sociedades culturais e históricas de Espanha e outros países latino-americanos. É um intelectual brasileiro do século XX, a não esquecer.

Fontes – 1) Ver neste blogue As Freguesias de Lisboa (12 de Fevereiro). 2) Ver Belém (8 de Março) neste blogue. Enciclopédia Verbo Luso-brasileira de Cultura. http://www.jf-alcantara.pt http://pt.wikipedia/  

Veja neste blog os outros episódios da série Praças e Ruas de Lisboa:
- Praça D. Pedro IV:
- O Chiado:
- Avenida Álvares Cabral
- Praça Bernadino Machado:
- As freguesias de Lisboa:
- Belém - Lisboa. Do Museu da Electricidade até à Praça do Império:
- Avenida Almirante Gago Coutinho e Avenida Sacadura Cabral :
- Rua Cecília Meirlles:
- Rua Alexandre de Gusmão:

* Maria do Céu Carvalho Dias é formada em História pela Universidade Clássica de Lisboa
** Forma portuguesa de escrever Bahia (Estado da região nordeste do Brasil)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Festas juninas da minha terra


O tempo passa e muitas vezes nem percebemos o quanto ele já  passou. Há cinco anos não comemoro as festas juninas no Brasil. Sempre voltei ao Recife no verão. E logo eu que gosto tanto dos festejos do mês de junho!
Festa de Santo Antônio, Festa de São João, Festa de São Pedro. Aquelas comidas da época como o munguzá, a canjica, a pamonha, o bolo de milho, o milho assado, milho cozido. E as músicas? E o forró? E a fogueira acessa? Como é bela uma fogueira! Como é belo tudo aquilo que nos desperta  saudade.
Se Deus quiser, em 2012, acabarei com esse sentimento de  “incompletude junina”, que só quem é brasileiro nordestino conhece bem. E sofre com ele! Mas como dizem que quem canta seus males espanta, vamos ouvir Marinês, Dominguinhos e Gilberto Gil cantando Olha Pro Céu, um clássico de Luiz Gonzaga e José Fernandes. E ainda bem que tenho aqui em Lisboa as Festas dos Santos Populares, que eu também adoro, principalmente porque tem muita gente e sardinha assada com pão!!!

II Jornadas Antonianas


Local: Igreja do Hospital de Santo António dos Capuchos
Data: 05  a 26 de Junho de 2011
Entrada livre

PROGRAMA CIENTÍFICO

05 Junho /17h30
Santo António na Publicidade
Isabel Dâmaso Santos. Centro de Tradições Populares Portuguesas

13 Junho/17h30
Santo Antonio na Amazónia: imagem, arte e simbolismos
Aldrin Moura de Figueiredo. Professor da Universidade Federal do Pará/Brasil

19 Junho/17h30
A Igreja de Santo António dos Portugueses de Roma - uma galeria de santos nacionais.
Maria de Lurdes Cidraes. Professora jubilada da FLUL e investigadora do Centro de Tradições Populares Portuguesas/ FLUL

26 Junho/17h30
A devoção ao santo na Casa do Santo (de seu nome António)
Maria Adelina Amorim. Associação de Cultura Lusófona/ FLUL

Exposição sobre Santo António de Lisboa

Organização: ACLUS - Associação de Cultura Lusófona/ Faculdade de Letras UL, Centro de Tradições Populares Portuguesas/Faculdade de Letras UL, Capelania do Hospital de Santo António dos Capuchos e Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

Mais informações: Célia Pilão - 963997916

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Trem do Forró

Fotografia: Divulgação

O Trem do Forró, que tem o apoio da Secretaria de Turismo do Recife e completa 21 anos, faz a sua primeira viagem de 2011 neste sábado (4). Este ano, serão sete viagens nos finais de semana de junho nos dias 11, 12, 18, 19, 25 e 26. A saída acontece às 16h do bar Catamarã, no bairro de São José, rumo ao Cabo de Santo Agostinho. Os ingressos custam R$ 70 para o dia 11 e R$ 80 para as demais saídas.

São dez vagões que levam, cada um, até cem pessoas. Há serviço de bar e um trio de forró pé de serra. No Cabo, os passageiros podem conferir uma quadrilha junina e uma vila matuta montada ao lado da estação ferroviária central. Há também barracas de comidas típicas, venda de artesanato e um palco com apresentações culturais.