Sinopse
O século XXI acentuou a celeridade
dos processos globalizantes e a densificação de tecidos urbanos repletos
de contrastes. O mundo já não é a preto e branco e o anonimato trouxe
consigo a cor sob a forma de diferença que, enquanto experiência vivida,
se tornou comunitariamente possível na cidade. Quebra-se na prática a
uni-direccionalidade entre sexo e género e entre sexo e sexualidade,
enfrentando-se esquemas de pensamento enraizados. O paradigma máximo
desta autonomia sistémica alcança-se na construção de uma identidade
travesti mutante, mutável e instável que acompanha um mundo profusamente
povoado por fluxos intensos e interdependências várias. É na sociedade
global que as travestis encontram espaço para a vivência trans-nacional e
comunitária das viagens trans. Brasil, europa, cidade, prostituição e
migração surgem como factores chave para a sua disseminação geográfica e
identitária. A rua tornou-se a sua nova casa e as outras travestis
são agora a sua família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário