O Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif 2012, de Criação
Literária, foi atribuído à obra Poesia Completa do poeta brasileiro
Manoel de Barros. O livro, publicado em 2011 pela Editorial Caminho, esteve na
base da decisão unânime do júri composto pela presidente Maria Fernanda de
Abreu, por Fernando Pinto do Amaral e José Manuel de Vasconcelos, em
representação da Associação Portuguesa de Escritores. O prémio é pela primeira
vez atribuído a uma obra de poesia e a um autor brasileiro.
Criado em 2005 pela Casa da América Latina, o prémio destina-se a
distinguir uma obra de um autor latino-americano vivo publicada em Portugal nos
dois anos anteriores. Em 2006 foi entregue ao argentino Tomás Eloy González
pelo romance O Voo da Rainha, publicado pela Editora Asa; em 2008 foi
premiado o escritor cubano Senel Paz por No Céu com Diamantes
(Sextante); e em 2010, já com o apoio do Banif, o romance Somos o
Esquecimento que Seremos do colombiano Héctor Abad Faciolince (Queztal)
mereceu a distinção.
Manoel de Barros, nascido em 1916 no Estado de Mato Grosso, é autor de uma
vasta obra e um dos mais notáveis e originais poetas brasileiros contemporâneos.
Carlos Drummond de Andrade, a que os brasileiros se referiam como “o nosso
poeta maior”, disse um dia que não era ele, mas Manoel de Barros, o maior poeta
brasileiro vivo.
No Brasil, Manoel de Barros obteve os principais prémios literários do seu
país, como o Prémio Nacional de Poesia (1966), o Prémio Jabuti (1989 e 2002), o
Prémio da Academia Brasileira de Letras (2000) e o Prémio Nestlé de Poesia
(1997 e 2006), entre outros. Em 2008, o cineasta Pedro Cezar realizou o filme Só
Dez Por Cento é Mentira – a Desbiografia Oficial de Manoel de Barros, que
em 2009 obteve no Brasil dois prémios como o melhor documentário
longa-metragem.
Fonte: Casa da América Latina: http://www.casamericalatina.pt
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