A editora

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Nasci no Recife, capital de Pernambuco, um dos 26 Estados do Brasil. Sou jornalista diplomada, amante da vida e de tudo que é positivo, verdadeiro e autêntico. Deixei as águas do Capibaribe, o mais famoso rio que banha o Recife. Atravessei o Oceano Atlântico e desaguei no rio Tejo, que acalenta Lisboa. E para aproximar esses dois lugares tão distantes mas com fortes ligações históricas e culturais, dei início a construção desta "ponte" Pernambuco-Portugal.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Maracatu vai "invadir" o Bairro Alto


Um pouco da cultura de Pernambuco nas ruas de Lisboa. É o que vai mostrar o cortejo de Maracatu dia 3 de agosto, às 19h, em honra à comemoração dos 500 anos do Bairro Alto, Lisboa.
O ponto de encontro do Cortejo terá início na rua D. Pedro V, Miradouro São Pedro de Alcântara, e acabará no final da Rua da Rosa.

Cortejo de Maracatu
Data e horário: 3 de agosto | 19h00
Informações úteis: ba500anos@gmail.com
Organização: Casa do Brasil | Associação Assim Ser | BA500

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Pernambuco sedia maior conferência mundial de Design de Interação

Dois palestrantes portugueses participam do evento


Discussões sobre tecnologia, economia criativa, design de experiências e inovação estarão presentes no Interaction South America 2013, de 13 a 16 de novembro, no Recife Antigo e Centro de Convenções de Pernambuco. O evento chega pela primeira vez ao estado com a presença de nomes de referência do mercado nacional e internacional em uma programação de palestras, workshops, artigos acadêmicos, entre outras atividades.

Será a maior e mais importante edição do ISA graças a sua seleção de palestrantes liderada pelo americano Bill Buxton (Microsoft Research), pioneiro no estudo da interação humano-computador e considerado um dos 30 designers mais influentes do mundo pela BusinessWeek.

Formada por grandes autoridades mundiais nos campos de design, tecnologia e indústria criativa, a programação de palestras acontece no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco, nos dias 15 e 16 de novembro. Para compor a grade, a organização do ISA 2013 convocou 14 palestrantes de sete países diferentes: Estados Unidos, Holanda, Aústria, Portugal, Argentina, Brasil e México.

De Portugal, o ISA Recife apresenta Catarina Mota, co-fundadora da Open Materials e do hackerspace de Lisboa, palestrante do TEDGlobal 2012, e Pedro Miguel Cruz, especialista em data visualization, professor da Universidade de Coimbra e visitante do MIT Senseable Lab.

Luciano Meira, professor de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, é o representante local desta programação que reúne profissionais de sete países diferentes. O professor realiza pesquisas sobre processos de aprendizagem e uso de tecnologias digitais na educação e apoia estudos de usabilidade do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife).

O ISA 2013 é uma realização da Interaction Design Association Recife, com parceria acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco. As inscrições podem ser feitas no site do evento (isa.ixda.org/2013)

Fonte: Diario de Pernambuco

Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga



O blog presta homenagem a Dominguinhos, que morreu nesta terça-feira (23), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão.

Considerado o sanfoneiro mais importante do Brasil e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989), José Domingos de Morais nasceu em Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com 8 anos. Aos 13 anos, morando no Rio, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.

Confira infográfico com a biografia do músico

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pesquisadores brasileiros e portugueses discutem conservação e restauro



O valor da Conservação no século 21; a formação do conservador-restaurador; e as relações das políticas públicas na preservação do patrimônio cultural são alguns dos temas que integram a programação 2º Encontro Luso-brasileiro de conservação e restauro, que será realizado na Universidade Federal de São João del-Rei, de 1 a 4 de agosto. O evento é promovido por instituições brasileiras e portuguesas, entre as quais o Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Cecor), da Escola de Belas-Artes da UFMG. 

Segundo os organizadores, a implantação de cursos de graduação no Brasil na área de conservação-restauração, tornou necessária a construção de fórum de discussões e troca de experiências, tanto no campo acadêmico quanto no campo conceitual. Nesse contexto, “a trajetória portuguesa de formação universitária e a promoção de intercâmbios interinstitucionais justificam a pertinência do encontro”.

Além de debates, mesas e palestras, a programação inclui percurso por cidades históricas – São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto – e visita ao Instituto de Arte Contemporânea Inhotim.

Mais informações sobre a programação podem ser obtidas no site do evento. Inscrições até 30 de julho no site da Fundep.

Fonte: PlanetaUniversitario.com  

terça-feira, 16 de julho de 2013

Leitura pública de “Macunaíma no meu Pátio”

"Macunaíma no meu Pátio” é um livro inédito de Luís Carmelo. Baseado na rescrita de Macunaíma de Mário de Andrade, o relato segue as instáveis linhas narrativas do original brasileiro, embora recrie e reinvente tudo o resto: espaço, linguagem, ritmo, mitologias e situações. Escrito em abril de 2013, a obra, antes ainda de conhecer a sua edição em papel, vai ser apresentada em público em Lisboa através duma leitura que será levada a cabo pelo próprio autor.
 
Serviço:
 Leitura pública de “Macunaíma no meu Pátio”
de Luís Carmelo
18 de Julho, quinta-feira | 18.00 horas
Sala Sophia de Mello Breyner, Centro Nacional de Cultura
Rua António Maria Cardoso, 68
Entrada livre

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Recife Antigo ibérico no Sardinha

A pernambucana Adriana Didier e português Joaquim Gonçalves estão à frente do novo restaurante

Publicado em 28/06/2013 - Jornal do Commercio
Bruno Albertim
bruno.albertim@gmail.com

Sardinha importada é servida sobre torradas com molho de coentros e alhos macerados em azeite ou numa versão ligeiramente mais perfumada com outros cítricos  Foto: Felipe Ribeiro / JC Imagem

Há casas que mal surgem, nos são logo a impressão de terem existido desde sempre. Com pouco mais de uma semana de funcionamento, o Sardinha, num cenográfico (e lindo) casarão de pé direito alto atravessando três pavimentos, já funciona como cantinho precioso do Recife Antigo. Ali, a cozinha portuguesa exibe aromas e predicativos agregando um valor mais que subliminar ao casco velho da cidade. Fazia falta na geografia do bairro.

A cozinha, como o nome sugere, é portuguesa. Uma cozinha lusa potencializada pela difícil equação entre elegância e simplicidade, desejada por tantos, concretizada por muito poucos. Uma fórmula, aliás, que é marca da proprietária Adriana Didier, a mulher por trás da grife Beijupirá que, aqui, conta com a precisa parceria do marido e sócio, o português Joaquim Gonçalves.

O peixinho que dá nome ao estabelecimento tem ali sua devida reverência. Tratada como instituição, a sardinha, importada, portuguesa, pescada nos mares frios que lhe conferem boa gordura (a tão celebrada ômega 3) e suculência incomuns, é o abre-alas. Servida sobre torradas (R$ 6) pode vir sobre um molho de coentros e alhos macerados em azeite ou numa versão ligeiramente mais perfumada com outros cítricos. Pode ainda ser convertida em prato principal (R$ 29), na companhia de batatas ao murro temperadas: elementar e marcante. Uma taça de vinho branco ou cerveja rigorosamente gelada e estamos na entre-sala do céu.

O cardápio é enxuto, basilar e, ainda assim, não fica apenas no óbvio. Aqui, por exemplo, podemos encontrar a receita alentejana de galinha ao molho vadio. A ave cozida, desfiada e marinada em molho avinagrado de alho e limão (R$ 29): fria, refrescante e muito aromática, de deixar saudade no paladar. Eis o grande trunfo da casa: tratar seus ingredientes, sempre os mais nobres disponíveis, como as instituições que são. O polvo a lagareiro, por exemplo, é pura autoindulgência: cozido até a maciez e depois, assado com alho, louro e azeite num resultado aromático ao ponto de provocar salivação na vizinhança. O bacalhau também a lagareiro (R$ 65) faz jus à fama de instituição do ingrediente: alto, o legítimo gadus mohua, cuja gordura entremeada faz as postas se desfazerem em lascas ao menor toque do garfo. Além de batatas, vem sobre uma cama de espinafres refogados irrecusável. Na versão a Braz (R$ 49), o pescado é suculentamente desfiado ao forno. É possível ainda eleger guarnições afetivamente lusas como o arroz de tomate.

Das entradas, o camarão a piri-piri é puro deleite para os amantes de pimenta (como eu): os crustáceos grandes, rosados, íntegros, marinhos, imersos num azeite sensualmente picante. Espontaneamente elegante, o Sardinha chega, enfim, com cara de polivalente: faz feliz quem por lá passeia, e coroa seu dia com um almoço, ou refaz as alegrias de quem ali trabalha. De quebra, deixa o Recife Antigo deliciosamente mais ibérico.

Rua da Moeda, de segunda à sábado, das 11h às 16h30. Tel.: 3224-7854.

Ritmos pernambucanos hoje em Lisboa


Com direção musical de André Rio, cantor e compositor pernambucano com 20 anos de carreira, o show Viva Pernambuco vai contar com participação de Paulinho Leite e leva para o publico uma mistura de sons e ritmos genuinamente Pernambucanos.

Com uma banda formada por músicos com vasta experiência o show faz um passeio pelos ritmos como o frevo, forro, caboclinho, ciranda e mangue-beat com influencias da Musica Popular Brasileira MPB e Bossa Nova. O repertório, montado especialmente para apresentações, pretende introduzir nossa musica em outras culturas e levar um pouco de saudosismo aos milhares de brasileiros que residem na Europa.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Uma casa mais que portuguesa no Espinheiro

Trio de irmãs lisboetas comanda a Taberna Portuguesa, na Rua do Espinheiro

Publicado em 28/06/2013 Jornal do Commercio

Bruno Albertim
bruno.albertim@gmail.com

  / Foto: Ricardo B. Labastier/JC IMAGEM

 Quem passa pela Rua do Espinheiro (Recife) deve ter percebido que o casarão decorado com os grafismos da tradicional azulejaria portuguesa guarda ares de consulado. E não pode ser encarado como menos a casa aberta há pouco pelas irmãs, lisboetas de nascença e vocação, Ana, Sandra e Suzana Gonçalves: uma grande, farta e convidativa embaixada dos sabores diretos e honestos da terrinha. Sem esforço, ali, vamos a Portugal sem precisar sair do Recife.

Não fosse pelo espaço amplo dos dois andares do imóvel antigo, nos sentiríamos numa mais que tradicional tasquinha de Lisboa. A honestidade da cozinha e a informalidade eficiente do serviço em tudo nos lembram os pequeninos restaurantes familiares portugueses.

O sucesso imediato deve ter explicação no trato que as proprietárias dão à cozinha portuguesa: simples, aromática, honesta, farta, direta, sem complicações. Uma cozinha, claro, de técnicas, mas sobretudo de respeito aos ingredientes. Tudo ali é feito tal e qual faziam avós e tias.

Apaixonantes são as gambas a Bulhões Pato (R$ 28): os camarões assados em azeite abundante, alho, mostarda e limão. Nem todo o (excelente) pão feito na casa será suficiente para sorver o molho azeitado no fundo do tacho. É importante entender que o que consideramos, no Brasil, como temperos, aqui são tratados como coadjuvantes: alho, azeite, limão e coentros (esses artigos que, enfim, herdamos do colonizador), sublinham parte considerável dos pratos da casa.

Em Portugal, diz-se, há uma receita de bacalhau para cada dia do ano. No Taberna, o glossário é reduzido aos pratos mais consagrados pelo paladar brasileiro: à lagareiro (assado com azeite, alho, batata ao murro e ovo cozido); à Taberna (frito com cebola refogada e batatas fritas); Com broa (desfiado, refogado em azeite, alho, cebola, batatas e uma crosta de broa e ervas aromáticas); Zé do Pipo (cozido e desfiado, cebola, purê e maionese) ou com natas (refogado em azeite com cebola, alho, batata e natas).

Os preços variam de cerca de R$ 42 a cerca de R$ 89, a depender da receita e da porção. Sobretudo para quem vai passear pelas entradas (às quartas e sextas à noite, a casa serve sardinhas na brasa), é bom lembrar da generosidade lusa: mesmo supostamente individuais, as meias doses podem servir até duas pessoas.

Para os carnívoros, há opções como o arroz de pato, ao forno, molhadinho. Todos os pratos, aliás, são servidos no horário de almoço em regime de bufê no quilo (R$ 42/Kg). As sobremesas também são lusófonas como só elas: desde a pouco conhecida (por aqui) falófia (claras em neve cozidas em leite com limão e canela) aos pasteis de nata (R$ 24, seis unidades), capazes de nos fazer mandar qualquer dieta para a Penísula Ibérica.

Rua do Espinheiro, 357, Espinheiro. Tel: (81) 3048-1087. Segunda a sexta, das 12h as 15h, self-service. Das 19h a 1h, a la carte. Sábados: (à la carte): 12h às 15h e 19h à 1h. Domingo (à la carte): das 12h às 16h.