Luiz Fernando Carvalho Dias (1981) - Foto: Francisco Geraldes |
Os interessados em história de Portugal, sobretudo da Covilhã, contam agora com uma valiosa fonte de pesquisa. Para não se perder toda a investigação histórica feita ao longo dos anos pelo covilhanense Luiz Fernando Carvalho Dias, seu filho Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias e sua nora Maria do Céu Jordão Morais Carvalho Dias resolveram criar o blog Covilhã – Subsídios para Sua História, no XX aniversário da sua morte, para dar a conhecer aos interessados pela história da Covilhã, muita da documentação recolhida pelo investigador.
Luiz Fernando de Carvalho Dias nasceu na Covilhã, na freguesia da Conceição, em 2 de março de 1914 e faleceu em Lisboa, na sua residência, em 4 de outubro de 1991. Após ter concluído os estudos primários na sua cidade natal, seguiu para Espanha onde frequentou os estabelecimentos escolares dos Jesuítas, em San Martin de Trevejo, província de Cáceres e em La Guardia, na Galiza, por nessa época esta Ordem Religiosa estar impedida de lecionar em Portugal. Seguidamente rumou a Coimbra onde concluiu os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito. Veio a concluir em Lisboa a sua licenciatura em Direito, no ano de 1941, já como trabalhador estudante.
Foi notário e advogado em Moçambique, de onde regressou no fim de 1949. Em Lisboa foi investigador da Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar, depois Delegado do Governo junto da Federação Nacional dos Industriais de Lanifícios, organismo extinto com a Revolução de 25 de Abril de 1974 e, por fim, até à sua aposentação em 1984, foi investigador do quadro da Biblioteca Nacional de Lisboa.
Dedicou-se, desde muito cedo, à investigação histórica, tendo por objetivo além da história da sua cidade natal, tudo o que se relacionasse com a indústria dos lanifícios de que a Covilhã foi pioneira. Publicou várias obras e colaborou em várias revistas, designadamente as da Faculdade de Direito e da Biblioteca da Universidade Coimbra e da Agência Geral do Ultramar e na “Revista dos Lanifícios” propriedade da Federação Nacional dos Industriais de Lanifícios.
Entre os assuntos já publicados pelo blog estão a lista de sentenciados no Tribunal do Santo Ofício da Inquisição de Lisboa, Coimbra e Évora, originários ou moradores no antigo termo da Covilhã e nos concelhos limítrofes de Belmonte e Manteigas, e o processo de Francisco Ximenes, que dos seus familiares, descendentes de seus pais, fizeram parte ricos mercadores de Lisboa, Antuérpia, Florença e Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário