Luís Vaz de Camões
*Por Maria do Céu Carvalho Dias
A 10 de Junho celebra-se em Portugal o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, sendo por isso feriado nacional.
Se quisermos ir às origens destas celebrações ficamos a saber que as 1ª leis republicanas (Implantação da República a 5 de Outubro de 1910) assinalaram, com feriado municipal lisboeta, a morte, em 10 de Junho de 1580, do grande poeta ou poeta grande Luís Vaz de Camões. Oliveira Salazar, no Estado Novo (1933-1974), faz do 10 de Junho feriado nacional denominado Dia de Camões, de Portugal e da Raça. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, em 1978, dá-se a conversão do 10 de Junho para Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Camões viveu no século XVI (1525?-1580), foi um aventureiro, mas sobretudo um grande escritor influenciado pelo espírito renascentista. Eis algumas das suas obras:
- Em 1572, o rei D. Sebastião concede-lhe privilégio para a publicação d’Os Lusíadas (poesia épica);
- Em 1595 é impressa a 1ª edição das Rimas (poesia lírica);
- Escreveu também autos, à semelhança, por exemplo do escritor e ourives Gil Vicente.
Os restos mortais de Camões perderam-se aquando do Terramoto de 1755, embora possamos visitar, se estivermos em Lisboa, dois túmulos em sua honra, um no Mosteiro dos Jerónimos e outro no Panteão Nacional.
Assim, este herói nacional tornou-se, a par da bandeira, do hino e da língua que é a 7ª mais falada do mundo, um dos símbolos de Portugal.
Parece-me fácil perceber-se a junção entre Portugal, Camões e as Comunidades que se encontram espalhadas por todos os cantos do mundo.
Em cada ano o Presidente da República escolhe uma cidade portuguesa para comemorar este dia, embora outras há que também organizam festividades. Este ano designou Faro, no Algarve e nomeou António Barreto como presidente da Comissão organizadora das Comemorações. É curioso que o Presidente da Câmara (o Prefeito, no Brasil) de Faro lançou um desafio aos munícipes pedindo-lhes para no dia 10 terem “a cidade limpa, pintada e caiada”, já que vai ser muito visitada. Como este ano as palavras de ordem, devido à crise, são contenção e rigor, os festejos sofreram cortes consideráveis em relação aos anos anteriores.
* Maria do Céu Carvalho Dias é formada em História pela Universidade Clássica de Lisboa
Portugal em fotos:
http://www.youtube.com/watch?v=KEryHYsmD_o
Excelente ,aula!
ResponderExcluirObrigada,Professora Maria do Céu Carvalho Dias.