*Por Maria do Céu Carvalho Dias
Guimarães, cidade portuguesa localizada a norte, está, como o Porto, ligada ao nascimento de Portugal. Porquê?
Desde o século IX que a Península Ibérica (hoje Portugal e Espanha) estava dividida entre uma maioria de terras muçulmanas (também denominados árabes, mouros, sarracenos) e uma minoria de reinos cristãos que se digladiavam pelo domínio de territórios. Nesses combates participavam cavaleiros da Europa cristã contra os mouros. Um deles foi D. Henrique de Borgonha (sul de França) que em recompensa dos serviços prestados a esta causa recebeu, hereditariamente, de Afonso VI, rei de Leão e Castela, o Condado Portucalense e a sua filha bastarda, D. Teresa. Este território ia do Rio Minho (fronteira norte do Portugal actual) até ao sul de Coimbra.
Voltando a Guimarães com o objectivo de encontrarmos as raízes de Portugal, é imprescindível dizer que já no século X há referências a Mumadona Dias, mulher poderosa do NW peninsular que fundou um mosteiro e um castelo no local Vimaranes (Guimarães). É esta povoação que D. Henrique escolheu para viver, dando-lhe mesmo Carta de Foral no século XI. Aqui pode ter nascido o filho, D. Afonso Henriques. D. Teresa também viveu e governou o Condado a partir de Guimarães, quando enviuvou. Ainda ligada a esta cidade está a Batalha de S. Mamede, nos campos vizinhos de Guimarães. O confronto terá sido em 1128, entre D. Teresa e D. Afonso Henriques. Este revolta-se contra a Mãe, apoiado pelos nobres portucalenses, por D. Teresa se ter aliado aos nobres galegos (da Galiza, hoje a norte do Minho), pondo em perigo a autonomia do Condado.
Guimarães, cidade portuguesa localizada a norte, está, como o Porto, ligada ao nascimento de Portugal. Porquê?
Desde o século IX que a Península Ibérica (hoje Portugal e Espanha) estava dividida entre uma maioria de terras muçulmanas (também denominados árabes, mouros, sarracenos) e uma minoria de reinos cristãos que se digladiavam pelo domínio de territórios. Nesses combates participavam cavaleiros da Europa cristã contra os mouros. Um deles foi D. Henrique de Borgonha (sul de França) que em recompensa dos serviços prestados a esta causa recebeu, hereditariamente, de Afonso VI, rei de Leão e Castela, o Condado Portucalense e a sua filha bastarda, D. Teresa. Este território ia do Rio Minho (fronteira norte do Portugal actual) até ao sul de Coimbra.
Voltando a Guimarães com o objectivo de encontrarmos as raízes de Portugal, é imprescindível dizer que já no século X há referências a Mumadona Dias, mulher poderosa do NW peninsular que fundou um mosteiro e um castelo no local Vimaranes (Guimarães). É esta povoação que D. Henrique escolheu para viver, dando-lhe mesmo Carta de Foral no século XI. Aqui pode ter nascido o filho, D. Afonso Henriques. D. Teresa também viveu e governou o Condado a partir de Guimarães, quando enviuvou. Ainda ligada a esta cidade está a Batalha de S. Mamede, nos campos vizinhos de Guimarães. O confronto terá sido em 1128, entre D. Teresa e D. Afonso Henriques. Este revolta-se contra a Mãe, apoiado pelos nobres portucalenses, por D. Teresa se ter aliado aos nobres galegos (da Galiza, hoje a norte do Minho), pondo em perigo a autonomia do Condado.
Já agora poderei dizer que D. Afonso Henriques, vitorioso, governará com mestria o Condado e alargará o território. Mais tarde passa a usar o título de Rei, mas é em 1143 que é reconhecido como REI de Portugal pelo rei de Leão e Castela e em 1179 pelo Papa.
Assim se diz que Portugal nasceu no século XII e que Guimarães, denominada “Cidade Berço”, está desde sempre ligada à formação da nacionalidade portuguesa.
Se passar por Guimarães não esqueça de visitar o Castelo e o Paço Ducal.
* Maria do Céu Carvalho Dias é formada em História pela Universidade Clássica de Lisboa
Se passar por Guimarães não esqueça de visitar o Castelo e o Paço Ducal.
* Maria do Céu Carvalho Dias é formada em História pela Universidade Clássica de Lisboa
Professora, preciso voltar para sala de aula. Nunca ouvi falar em Guimarães. Sempre pensei que Portugal tivesse nascido no Porto, até pelo nome Porto-Portugal. Achei engraçado o nome Mumadona Dias, uma mistura de árabe com português.
ResponderExcluirQuando a senhora vai escrever sobre o Porto Cidade Invicta? É verdade que há uma rixa entre os moradores de Lisboa e Porto?
Parabéns! Sou seu aluno à distância.
Patrícia, adoro seu blog, seu estilo de escrever. Só acho difícil deixar comentário. Já tentei e só hoje consegui. O google nao aceitava meus dados. Entro sempre para ver as receitas, as fotos e os artigos de história. A professora arrasa sempre.Gosto do jeito que ela conta os fatos. Também pensei que Portugal tivesse nascido no Porto. Quem nasce lá é tripeiro nao é? E quem nasce em Lisboa é alfacinha? Pq esses nomes tão estranhos?
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