
A iniciativa faz parte do Plano Turístico promovido pelo Museu do Homem do Nordeste, que visa gerar mecanismos que garantam a identificação, preservação e divulgação dos bens culturais localizados no denominado Polo Capibaribe.
Inscrições:
Quem for passar as festas de fim de ano no Recife vai encontrar animação para todos os gostos. A ‘Capital Multicultural do Brasil’ prepara um Réveillon fazendo jus a sua tradição de diversidade cultural com uma programação, focada predominantemente em artistas locais, que abre espaço para o rock, pop, MPB, regional, frevo e samba e outros ritmos.
Em Boa Viagem, haverá dois palcos e três torres com DJs. De uma balsa dentro do mar, vão ser queimadas, durante 12 minutos, dez toneladas de fogos em frente de cada polo. Será um belo espetáculo pirotécnico para emocionar quem for receber 2011 na praia mais famosa da cidade.
No Palco de Boa Viagem, a festa ficará por conta das bandas Eddie, Fim de Feira e Paralamas do Sucesso, da Orquestra Popular do Recife e do cantor Claudionor Germano. No Palco Pina, a animação será garantida por Karina Spinelly, Samba Pernambucano, Martinho da Vila e Orquestra do Maestro Duda com a participação especial de Nena Queiroga.
Haverá ainda outros dois polos com programação. Na comunidade do Ibura, o público será animado por Beto Barbosa, Nono Germano e orquestra e bandas da comunidade. Já no Morro da Conceição, a farra será comandada por Paulo Diniz, João do Morro e bandas locais.
A abertura do Ciclo Natalino será realizada no dia 12 de dezembro, no Marco Zero, com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife e participação especial de Ivan Lins e Nelson Ayres. No mesmo dia, o Balé Popular do Recife encenará o espetáculo Pique de Guerreiro na Praça do Arsenal.
O Ciclo Natalino terá como tema o “Natal da Solidariedade”. Dentre as novidades apresentadas, estão a Árvore de Natal, com 33 m e composta por 200 mil CDs e DVDs reciclados, que será montada em balsas no Rio Capibaribe, e a projeção de filmes natalinos nas proximidades da Ponte Mauricio de Nassau.
Fonte: Secretaria de Turismo do Recife
Semira Adler Vainsencher
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
Tempos atrás, a atual Praça do Entroncamento representava a interseção de vias férreas (as maxambombas) - a do Arraial, a da Várzea e a de Dois Irmãos. A denominação Entroncamento foi colocada pela população recifense, da mesma forma que se colocou o nome no bairro da Encruzilhada.
Em seu centro, foi projetada um fonte de ferro, em estilo neoclássico, apresentando uma coluna esguia, com folhas e flores, e uma mulher e gárgulas, mais no alto, de onde escoa água.
A Praça foi inaugurada na gestão do Prefeito Antônio Correia de Góis, com o nome oficial de Praça Correia de Araújo, uma homenagem a um governador que Pernambuco teve em 1896. Há uma inscrição, na base da fonte, com os seguintes dizeres:
Inaugurada em 19 de outubro de 1925.
Prefeito Antônio de Góis.
Ao redor da fonte, pode ser apreciado um círculo de palmeiras. A Praça do Entroncamento possui um grande número de mangueiras (Mangifera indica L.) que foram plantadas em 1924, por ocasião do governo de Sérgio Loreto. Nos últimos anos, o local foi revitalizado e, em seu interior, foi instalado um parque infantil.
Perto da Praça, fica o Palácio de São José dos Manguinhos, no bairro das Graças, que serviu de residência oficial, durante muitos anos, do falecido Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara, e, ao seu lado, está a Capela de São José dos Manguinhos.
Um pouco antes da Praça, encontra-se o tradicional Clube Português do Recife, fundado em 1934; e a Avenida Agamenon Magalhães. Antes desta avenida, fica o Colégio Ágnes Eriskine, que foi fundado por missionários presbiterianos e funciona desde 1904.
Em volta da Praça do Entroncamento, devido ao acelerado processo de urbanização, os grandes casarões de outrora foram transformados em estabelecimentos comerciais de vários tipos: bancos, farmácias de manipulação, livrarias, entre outros. E, no presente, o logradouro representa uma artéria importantíssima, por onde circula grande parte dos veículos que vêm do subúrbio para o centro do Recife.
Anualmente, no mês de dezembro, a Praça do Entroncamento é iluminada por milhares de lâmpadas de Natal, que são colocadas em volta das árvores e plantas, do parque e dos postes. À noite, em especial, esse logradouro público se transforma em um magnífico cartão postal.
Fontes consultadas:
CAVALCANTI, Carlos Bezerra. O Recife e seus bairros. Recife: Câmara Municipal do Recife, 1998.
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977.
* Para ver outras fotografias de Carlos Bayma, acesse a galeria do autor no site Olhares: http://olhares.aeiou.pt/carlosbayma
Visite também o interessante blog de Carlos Bayma (Projeto CPM 40+ Conhecer para Mudar) http://projetocpm40.blogspot.com/
O Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco festeja 155 anos de existência, hoje (18), com uma programação especial comandada pelo provedor Alberto Ferreira da Costa. Entre as diversas autoridades que participam do evento estão a ministra da Saúde de Portugal, Ana Maria Teodoro Jorge, o ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, e o embaixador de Portugal no Brasil, João Salgueiro.
As comemorações começam a partir das 19h com missa de Ação de Graças, inauguração do Edifício João de Deus e do Real Lab e entrega de medalhas a autoridades e instituições que ajudaram a construir a história do hospital.
O Real Hospital Português de Beneficência de Pernambuco é um dos maiores complexos hospitalares do Norte-Nordeste do Brasil. Em área construída de 96.645 m², possui 580 leitos e emprega cerca de três mil funcionários. No local funcionam 53 clínicas especializadas e três laboratórios.
A instituição recebeu este ano o Prêmio Empresa Brasileira 2010, outorgado pela Latin American Quality Institute (LAQUI) e destaca-se no pólo médico pernambucano pelo seu pioneirismo, com a realização dos primeiros transplantes de rim, coração e medula óssea.
Uma cadeia de leitura de excertos das obras de José Saramago acontece hoje (16) – dia do aniversário do nascimento do escritor em 1922 – em 22 pontos da rede de leitorados, centros de língua e centros culturais do Instituto Camões (IC) no mundo. Ao todo serão 26 cidades de quatro continentes prestigiando a obra do Prêmio Nobel da Literatura (1998) de língua portuguesa.
Parabéns, Saramago!!!
Saiba mais em:
A partir desta terça-feira (16), o blog publica uma série de textos sobre a influência dos árabes em Portugal, assinados pela professora portuguesa Maria do Céu Carvalho Dias.
Entre os temas que serão abordados estão a origem, expansão e presença dos árabes em terras lusitanas, os árabes no século XX, a herança deste povo na Península Ibérica e os seus vestígios em Sesimbra.
Maria do Céu Carvalho Dias é licenciada em História pela Universidade Clássica de Lisboa.
Não percam!!!
Uma série de personalidades brasileiras do mundo da mídia, da gastronomia, da cultura e das artes participam da nova campanha de imagem promovida no Brasil pelo Turismo de Portugal.
No vídeo "Já está na hora de você descobrir Portugal!", Fafá de Belém, Hebe Camargo, Edu Gudes, Rodrigo Ruas, Olivier Anquier, Olga Bongiovanni, Padre Antônio Maria, Gugu Liberato, Ana Paula Padrão e Maurício Kubrusly destacam diferentes aspectos do país, como a harmoniosa relação entre modernidade e tradição, paisagens deslumbrantes, ótima gastronomia e várias opções de lazer.
Por Maria do Céu Carvalho Dias
Como já referi num texto anterior, Portugal é pequenino, mas apresenta variedades alimentares interessantes. Por pedido de um comentador (Fernando Nascimento), vou fazer uma lista de pratos relativa a cada província. Mais uma vez vão ficar de fora as deliciosas sobremesas. Baseei-me no livro de Maria de Lurdes Modesto já referido anteriormente. A descrição é acompanhada de um mapa de Portugal:
- Entre Douro e Minho (1,2) – Caldo Verde. Bacalhau assado na brasa, no forno, à lagareiro, à Zé do Pipo; Lampreia (só no inverno) à moda do Minho, à bordalesa, arroz de lampreia; Pescada à poveiro. Cozido; Rojões à moda do Minho; Cabidela de miúdos; Tripas à moda do Porto; Sarrabulho (bocadinhos de porco, fígado, tripas guisado com o sangue e arroz).
- Trás-os-Montes e Alto Douro (3) – Sopa de alheiras. Trutas; Cabidela de galinha (feita com o sangue da galinha); Perdiz com molho vilão; Cabrito assado; Cozido à portuguesa; Alheiras; Carne de porco com castanhas; Feijoada à transmontana; Bucho de porco com arroz.
- Beira Litoral (4) – Sopa seca. Caldeirada de enguias; Bacalhau assado com broa; Sardinhas na telha; Arroz de polvo. Leitão (porco pequenino) assado à moda da Bairrada; Orelheira com feijão branco; Chanfana (com carneiro ou cabrito) à moda de Coimbra.
- Beira Alta (5) – Carolos (sopa de milho, toucinho e chouriço). Lampreia; Trutas; Bacalhau assado com batatas a murro. Arroz de carqueja (arbusto da Serra); Coelho à capitão-mor; Leitão à moda da Beira Alta; Cabrito assado; Morcelas da Guarda.
- Beira Baixa (6) – Pastéis (com recheio de carne) de molho da Covilhã. Bacalhau no forno; Trutas de escabeche (molho de vinagre). Perdizes fritas; Panela do forno (arroz de carnes e enchidos variados); Cabrito ou borrego (cordeiro, filho da ovelha) assado.
- Ribatejo (7) – Sopa da Pedra (contém tudo menos pedra). Açorda de sável; Caldeirada à fragateira (essencialmente com peixe do rio); Sável ou Fataça na telha. Cabrito assado ou frito; Chispe com feijão branco; Favas com chouriço.
- Estremadura (8) – É uma região de Portugal onde impera uma grande variedade de Petiscos: Caracóis, Ovos verdes, Pataniscas de bacalhau, Peixinhos da horta (fritos de feijão verde), Salada de feijão-frade, ou pequeno, ou verde, etc., etc. Caldeirada de peixe; Sopa rica de peixes; Amêijoas à Bulhão Pato; Lagosta suada; Santola ou Sapateira recheada; Bacalhau à Brás; Sardinhas assadas na brasa; Açorda de marisco. Coelho à caçador; Frango na púcara; Bifes de cebolada; Cozido à portuguesa; Feijoada à portuguesa; Ervilhas ou Favas com ovos escalfados. Enchidos: morcelas, farinheiras, chouriços ou linguiças.
- Alentejo, Alto e Baixo (9) – Sopas frias: Gaspacho à alentejana; Gaspacho (com tomate); Açorda à alentejana; Sopa de tomate. Bacalhau albardado. Migas à alentejana; Coelho em vinho-d’alho; Empadas de galinha; Cabrito assado; Ensopado de borrego (cordeiro aos bocados, temperado com sal, pimentão doce e coentros, cozido em bastante água com batatas, cebolas. Come-se colocando-o por cima de fatias de pão); Lombo de porco com amêijoas; Pezinhos de porco de coentrada; Sarapatel (de cabrito ou borrego), Enchidos variados e deliciosos.
- Algarve (10) – Petiscos: Amêijoas na cataplana, Azeitonas de sal, Choquinhos com tinta. Sopa de cabeça de peixe; Sopa de pão com tomate. Papas de milho com sardinha ou com torresmos. Caldeirada; Bifes de atum; Lulas recheadas; Arroz de polvo; Cozido de grão; Favas à algarvia.
- A umas duas horas de avião ficam as ilhas portuguesas, Madeira e Açores que, para além de paisagens lindíssimas, têm também uma alimentação que vale a pena experimentar. Madeira: Sopa de Moganga (abóbora); Açorda madeirense; Inhame cozido; Milho cozido ou frito. Atum assado ou de escabeche; Bifes de atum; Espada de vinha-d’alhos (peixe espada preto). Carne de vinha-d’alhos; Espetada de carnes. Frutas variadas. Açores: Sopa azeda; Sopa do Espírito Santo (tem muita carne, legumes, pão). Garoupa recheada; Arroz de lapas; Polvo guisado. Alcatra; Cozido da Lagoa das Furnas (1); Toucinho fumado.
As sobremesas portuguesas são tantas e tão variadas que ficam para outra oportunidade.
(1) Ver neste blogue
Maria do Céu Carvalho Dias é formada em História pela Universidade Clássica de Lisboa
Esta segunda-feira, 1º de novembro, é feriado nacional em Portugal em comemoração do Dia de Todos-os-Santos.
Já no Brasil o feriado é amanhã, terça-feira (2), quando o país celebra o Dia de Finados.